Celebre as coisas boas da vida. Esteja atento!

Esse vídeo tem que ser visto coma família. Uma, duas, três vezes.

Ele nos fala da percepção, de celebrar o que a vida tem de bom.

Usa a metáfora da fotografia, mas abstraia dela.

Faça as conexões com o olhar, com a percepção do bom, belo e virtuoso em todo lugar.

Esse merece um cálice de vinho para degustá-lo.







.


Conte e registre suas bênçãos.

Vamos expandir nossas percepções. É o convite que faço. Ampliar a visão periférica      mais holística de nós mesmos, dos outros e da realidade.

Andamos tão apressados, atribulados, pensativos e processando várias informações ao mesmo tempo que vamos ficando indiferentes à muita coisa que acontece ao nosso redor.

E a vida vai passando ao largo, e nós no piloto automático da sobrevivência, cheios de cortisol e adrenalina no sangue.

O desafio dessa semana é praticar a atenção positiva: de si mesmo, dos outros, ou da vida que lhe rodeia.

Sentir-se presente e profundamente consciente do ato de viver. Qual  crianças aventureiras e curiosas para com tudo, portem-se que nem elas.

O desafio é escrever um breve diário, de cinco dias úteis. Mas continue a fazer, após o diário.a remodelagem cerebral acontece apos 21 dias de prática.

O que deverá ter no diário?


  • 3 coisas boas, belas ou virtuosas que você presenciou, fez parte, ou tomou consciência quando lhe aconteceu. E o que elas falaram ao teu coração. Uma a uma.  


Vá anotando num papelzinho, ou guardando num bloco de notas do celular. Acorde sempre com o firme propósito de encher as linhas de seu diário com o bom, belo e virtuoso que foi vendo. E assim por diante, no restante dos dias. 

Preste atenção, repito. 
Pode ser uma musica legal que te tocou; pode ser um amigo que te encontrou; pode ter sido o som dos pássaros, o por do sol, as flores, um gesto de perdão, um abraço, um mimo que recebeu, etc.

Só não passe o dia como essa mulher do vídeo abaixo. Ela não consegue olhar para os lados, enquanto atende o celular. E, deixa de ver uma das cenas mais belas e raras do Porto de Cabedelo, bem próximo de João Pessoa-PB, que é a saída dos navios que passam a uns 100 metros da praia. Cena grandiosa e difícil de se ver, Afinal, trata-se de um porto de baixíssimo movimento, comparado com o de Suape-PE, por exemplo.

Tem muita gente que foca tanto na preocupação do dia, com suas mil ansiedades, que deixa de prestar atenção a outros aspectos da vida.

Se eu perguntar o que comeram no almoço não se lembraram. Ou qual música gostou e ouviu durante o trajeto ao trabalho. Ou, de que cor eram as flores da árvore que fica na entrada do prédio da escola de seu filho.

Ou, de que solidariedade a vizinha de estação de trabalho precisava, e acenava com o corpo para ela, não sabia. Preste atenção, têm coisas maravilhosas acontecendo a todo instante e bem ao seu lado. Não precisam ser grandiosas. Esteja presente e as veja com um olhar amoroso, com as lentes do coração.

Veja o vídeo abaixo, e depois leia o belo poema de Rezende.



VER VENDO
OTTO LARA REZENDE



... De tanto ver, a gente banaliza o olhar... Vê não-vendo...

Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver...

Parece fácil, mas não é...

O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade...

O campo visual da nossa rotina é como um vazio...

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta...

Se alguém lhe perguntar o que você vê no seu caminho, você não sabe...

De tanto ver, você não vê...

Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio de seu escritório...

Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro...

Dava-lhe um bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência...

Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer...

Como era ele?

Sua cara?

Sua voz?

Como se vestia?

Não fazia a mínima idéia...

Em 32 anos, nunca o viu...

Para ser notado, o porteiro teve que morrer...

Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência...

O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem...

Mas há sempre o que ver...

Gente, coisas, bichos...

E vemos?

Não, não vemos...

Uma criança vê o que um adulto não vê...

Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo...

O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê...

Há pai que nunca viu o próprio filho...

Marido que nunca viu a própria mulher (e desconhece os seus segredos e desejos), isso existe às pampas...

Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos...


É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença...






Inteligência Positiva - O Sabotador Crítico



Abaixo um resumo dos demais sabotadores:

Inteligência positiva: os 10 sabotadores da mente

Livro Inteligência Positiva (Editora Fontanar), de Shirzad Chamine.

1 – O crítico

Confundido como a voz da razão, é considerado o principal sabotador pelo potencial destrutivo que carrega. Este inimigo da mente faz com que o indivíduo encontre defeitos excessivos em si mesmo, nos outros e nas situações, gerando ansiedade, estresse e culpa. Com equilíbrio, porém, a autocrítica pode ser bem positiva e gerar crescimento pessoal. O segredo está em saber balancear.

2 – O insistente

Leva a necessidade de perfeição e de ordem às últimas consequências, gerando, mais uma vez, ansiedade e nervosismo. Tenta convencer a mente de que a perfeição só depende dela e que é sempre possível ser atingida. Como isso não costuma ser verdade, o efeito provocado é o de frustração constante, consigo mesmo e com os outros. Saber a hora de parar de insistir se torna, neste ponto, tão importante quanto a decisão de começar.

3 – O prestativo

Obriga o indivíduo a correr atrás de aceitação e de elogios dos outros. Ao tentar agradar sempre, porém, ele perde de vista as próprias necessidades e se ressente. Este inimigo faz parecer que ganhar afeição é sempre uma coisa boa, mesmo que a qualquer preço. No fim das contas, a frustração acaba sendo sempre a mesma: não dá para agradar a todo mundo ao mesmo tempo.

4 – O hiper-realizador

Este é o perfil sabotador que diz ao indivíduo que ele só é digno de validação e respeito se tiver desempenho excelente e realizações constantes. Costuma ser o grande alimentador do vício em trabalho, como se necessidades emocionais e relacionamentos fossem menos importantes. Quem aí nunca se sentiu um workaholic antes? Será que vale a pena?

5 – A vítima

Para ganhar atenção e afeto, este inimigo da mente incentiva reações temperamentais e emotivas em qualquer situação adversa. Oposto ao hiper-realizador, valoriza os sentimentos ao extremo e cria uma sensação de martírio que faz minar as energias mental e emocional. A primeira forma de fugir dessa sabotagem, de acordo com o livro, é entender que a vitimização está longe de ser a melhor maneira de atrair atenção para si mesmo.

6 – O hiper-racional

Colocar a racionalidade acima de tudo, até dos relacionamentos, é a função deste sabotador da mente. Ele alimenta uma impaciência às emoções alheias e faz com que elas sejam vistas como indignas de consideração. O maior problema em ser hiper-racional é a limitação da flexibilidade nas relações íntimas e profissionais, causando um desequilíbrio que nem sempre pode ser consertado só com o tempo.

7 – O hipervigilante

Ansiedade intensa em relação aos perigos que o cercam é o sentimento que este sabotador desperta em quem o deixa falar alto. O estado de alerta constante gera uma grande carga de estresse que cansa não só o próprio indivíduo, mas também quem está perto. Será que a vigilância sem trégua é a melhor forma de evitar que situações ruins aconteçam?

8 – O inquieto

Está constantemente em busca de emoções maiores e, por conta disso, atrapalha o sentimento de paz e de alegria que poderia ser sentido no presente, caso o indivíduo prestasse mais atenção nele. Perder o foco e a apreciação pelo que está acontecendo agora é a grande ameaça para quem se deixa levar por ele. Manter-se ocupado, lembra o autor, nem sempre quer dizer uma vida intensa.

9 – O controlador

Estar no comando, dirigir ações e controlar situações é a maior necessidade deste perfil sabotador. Ele pode até conseguir resultados em curto prazo de uma equipe de pessoas, mas no futuro gera um ressentimento nos outros que atrapalha as relações e impede que o grupo exerça sua capacidade plena. No fim das contas, como mostra o livro “Inteligência Positiva”, é mais um inimigo da mente que não se sustenta.

10 – O esquivo

Concentrar-se só nos aspectos positivos e prazerosos de uma situação faz com que este sabotador incentive a mente a adiar soluções e evitar conflitos, por mais que eles sejam necessários. O problema é que, comumente, o resultado de um comportamento baseado nisso é a explosão de conflitos sufocados que foram deixados de lado.
Fonte: 
http://gnt.globo.com/bem-estar/materias/inteligencia-positiva-quem-sao-e-como-combater-os-10-sabotadores-da-mente.htm


Esta tão falada esperança

Esperança, como definir o indefinível, sem o uso de metáforas?

A esperança é um interruptor que acionamos, crendo que algo se acenderá no futuro.

Filósofos que me perdoem a simplicidade, mas o interruptor emocional que me mobiliza a ir além até de minhas próprias forças, em busca de um objetivo, é a expressão dessa palavra tão preciosa.

Outro dia, fotografando o meu filho no mar, e, entre uma onda grande e outra, larguei a câmera. O mar a engoliu. Desesperado, mergulhei alucinadamente tentando encontrá-la.

Fiquei ali, mar adentro, por um bom tempo. Até raspava o solo do mar com minhas mãos, em apneias ousadas, ou inventava umas dancinhas para varrer o leito com meus pés. O pessoal me chamava para ir para casa. Eu pedia para ficar mais um tempinho.

Por mais de uma semana, acordava cedo todos os dias e caminhava por aquele trecho de praia, olhando fixamente para o resto de sargaço que a maré bota para fora, na esperança de que entre eles visse a cor laranja e o metal reluzente de minha câmera.

Esperança é o tipo do valor que quem tem, sabe que tem. E quem não tem, idem.

Hoje fiz uma limpeza nos trecos eletrônicos que guardo, e vi o carregador da bateria da câmera. Senti um aperto no coração e o botei no lixo. A esperança também tem seus dias de acabou.

Hoje foi um deles. Para que guardar aquilo mais um pouco comigo? Só me faria lembrar de minha tão amiga câmera subaquática.

Não sei se reparou na foto que ilustra este texto, ele é de um tronco de uma árvore.

É minha goiabeira, antes tão bela e frondosa. Eis que ela ficou exatamente no meio de onde um dia, bote esperança nisso, farei outra área de lazer em minha casa, mais espaçosa já que a família cresce.

Então a transplantei para outra área. Tem uns 15 dias. Ela secou todas as folhas.

Não há nada nela que revele beleza e formosura. Mas, todos os dias boto água em suas raízes.

E, periodicamente tirou uma casquinha da pele de seu caule, só para alegrar-me de ver que ainda está verde.

Verde é a cor da esperança. Tirar essa casquinha é esperança pura, em forma de gesto.

Quantas mães entenderam exatamente o que quero exprimir. Elas vendo que seus filhos, embora mortos por fora, desacreditados, abatidos, querendo desistir de viver ou envolvidos com coisas graves, ainda estão verdes por dentro, não morreram, há esperanças.

Mães estão sempre grávidas de esperança.

Todos olham para aquela árvore tosca, com todas as folhas murchas e dizem que ela morreu. Quanto a mim digo-lhes: morreu nada, vai renascer em brotos, é só ter paciência.

Esperança pede paciências.

Todos os dias acompanho o diário de um pai ao visitar seu filho numa UTI. São escritos repletos de esperança. O filhote perdeu os movimentos e está em coma.

Seu pai não o vê como quem está em coma.

Seu pai o vê como quem está voltando.

Percebem a diferença entre a esperança e a realidade?

Uma tentaria provar as dificuldades dos neurônios se recuperarem, ou inundaria o pai com fatos objetivos e dados racionais de desânimo.

A outra segue por um caminho diferente. Ela seleciona pequenas vitórias, e as projeta no futuro. Ela aguarda o retorno do corredor de luz, aguarda o dia de amanhã como se nele tudo pudesse ter sido apenas um pesadelo.

Ela, a esperança, é o combustível dos fortes e corajosos.

É do que se alimenta os sábios e revolucionários do amor, de todos os credos, ofícios e culturas.

Uma câmera perdida no mar; um pé de goiabeira transplantado e um filho em coma são altares da esperança nossa de todos os dias.

Entre a esperança e a visão realista e imanente da realidade, prefiro a primeira.

A primeira estará sempre a desafiar a segunda, e, muitas, mais muitas mesmo das vezes, a primeira: a esperança, acabará no futuro criando a segunda: a realidade.

Deveria ensinar-se a disciplina Esperança nas escolas.

Com seus módulos:

Amanhã vai ser melhor;

Isto também passa.

Nada é tão ruim que não possa melhorar;

Olhe para os lados e faça algo com o que restou.

Levante-se e acione o interruptor do futuro.




Mas, engana-se que a esperança é ficar deitado na cama esperando que algo aconteça.

A esperança move-se na ação, motiva-se em si mesmo numa busca.

Nunca é a alienação de braços cruzados.

A esperança move-se pelos pântanos do ser, em busca de algo que a motiva.

Por exemplo, chego cansado do trabalho, mas vou botar um balde de água na goiabeira.

Ou, mesmo com sono acordei cedo por uma semana e caminhei pelas 6 da manhã na praia, para ver se encontrava minha máquina – que poderia ter sido devolvida pela maré, antes que outros banhistas a encontrassem.

Ou o pai, que conta histórias para o filho, põe música que ele gosta, limpa sua pele com lenços umedecidos, na certeza que que a qualquer hora ele baterá a porta do acordar novamente.

Lembra a segunda frase do texto? Percebe nela a ação? De acionar o interruptor.

Essa é a lição mais preciosa da esperança.

Espere agindo. Semeando e cultivando seus esperares nos canteiros do possível.

Por isso, esperança não são sonhos.

São muito mais que sonhos, pois são agir.

Um agir no hoje que temos, em busca de um amanhã que queremos e podemos ter.

Se há um valor dos valores, energia para tempos difíceis, diria que é o ensinamento e os aprenderes da esperança. Esse sim, torna-nos imortais. Então caro amigo(a) que nutre uma semente de esperança guardada no coração, não a deixe sem um balde de água diário. Continue irrigando-a, mesmo que todos ao teu lado tenha desistido e para ti dirijam palavras de desânimo. Acredite na força de teu baldinho de água diário, para fazer germinar no futuro os rebentos de uma árvore que no hoje parece ainda tão frágil e sem forma, até de certa maneira impossível de acontecer. Desafie a lógica dominante, e acredite nos teus projetos, desejos e sonhos mais caros, criando baldinho a baldinho de água, as condições objetivas para que eles tornem-se presentes num futuro próximo. Isto é esperança. e das boas.

Crônicas Anteriores